As pessoas idosas que não são adeptas aos exercícios físicos estão mais vulneráveis aos acidentes do dia a dia pelo fato de não ter mais o equilíbrio necessário, a força não corresponder às necessidades e a resistência não permitir que se execute qualquer movimento acima do comum. Isso sem contar as doenças que o exercício físico previne, como AVC, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e a osteoporose, por exemplo. Sabendo disso, e somando ao fato de a corrida de rua estar em evidencia, muitas pessoas que estão chegando à terceira idade ou já estão nela se tornaram adeptas à modalidade.
A corrida apresenta muitos benefícios à saúde, como o controle das doenças citadas, e também melhora autoestima dos praticantes. Atividades como a corrida estimulam o ganho de fibras do tipo 1, que são as fibras de resistência. E, por um processo natural do envelhecimento, nós perdemos maiores quantidades de fibras do tipo 2, que são as de força e velocidade. A perda de fibras do tipo 2 e o ganho do tipo 1 faz com que muitos idosos, não consigam prevenir uma queda, por exemplo.
ARTICULAÇÕES
Outro fator importante é que nossas articulações sofrem um desgaste natural ao longo dos anos. A articulação mais acometida é a dos joelhos. Quando se tem a prática de uma modalidade que gera muito impacto nesta articulação, isso faz com que ela sofra ainda mais o processo degenerativo, gerando patologias como o desgaste dos meniscos, dores laterais e a tendinite patelar. O fator é ainda mais agravado quando se fala em provas de longa duração, a partir dos 10 km, pelo maior tempo de impacto na articulação.
A impressão que fica, então, é que a corrida seria um ‘vilão’ para os praticantes ‘veteranos’. Calma! Isso pode ser controlado. A corrida pode e deve ser associada também à prática da musculação ou exercícios de curta duração para estimular o ganho de fibras do tipo 2, de força, velocidade e de massa muscular. Além disso, a prática de algum outro exercício provavelmente fará com que o idoso diminua o número de treinos de corrida durante a semana, o que irá diminuir o impacto repetitivo nas articulações. Esta estratégia permite os benefícios da atividade e ainda ajudará na prevenção das patologias decorrentes do envelhecimento e da corrida em excesso.
Fonte: Líder Esportes